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23/06/2021

Empreendedores acreditam que acesso ao crédito está mais fácil

Pesquisa do Sebrae aponta que a percepção de melhora está associada ao Pronampe.

Os donos de micro e pequenas empresas do Comércio, Serviços e Indústria revelaram que a concessão de crédito no segundo semestre de 2020 ficou mais fácil. A percepção foi detectada pela Sondagem de Micro e Pequenas Empresas, referente ao último mês de maio, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

“A melhora de percepção pode ser associada ao Pronampe”, explica o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Além da criação do Pronampe, que se tornou permanente no início desse mês após sanção da lei aprovada pelo Congresso Nacional, segundo o Sebrae, a boa percepção de acesso a crédito por parte dos empreendedores pode ter sido influenciada também pelo menor custo de crédito e pela maior oferta de dinheiro no sistema financeiro.

De acordo com Melles, a expectativa é que a percepção sobre a facilidade de acesso a crédito volte a crescer após a disponibilização dos recursos da nova rodada do programa, que deverá acontecer até o final deste mês.

Até o momento, o Pronampe disponibilizou R$ 37,5 bilhões em crédito, e quase 517 mil micros e pequenas empresas foram beneficiadas pelas operações realizadas em instituições financeiras que aderiram ao programa.

O valor médio dos empréstimos alcançou cerca de R$ 100 mil para as Empresas de Pequeno Porte (EPP), responsáveis por quase 60% das operações. No caso das microempresas, esse valor ficou em torno de R$ 40 mil.

NOVA RODADA

Para a rodada do Pronampe em 2021 será liberado um aporte de R$ 5 bilhões como valor de garantia, por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO). Com esses recursos será possível conceder até R$ 25 bilhões em empréstimos ao longo deste ano.

A taxa de juros anual máxima para os novos empréstimos corresponderá à Selic mais até 6%. Os percentuais são considerados mais vantajosos quando comparados ao que é praticado normalmente no mercado.

De acordo com dados do Banco Central, a taxa média de juros para o segmento, no quarto trimestre de 2020, foi de 35,1% para as microempresas e 22,4% para as empresas de pequeno porte.

Em relação ao prazo para pagamento, a carência que antes era de oito meses agora passou para 11 meses e o prazo total de pagamento aumentou de 36 para 48 meses.

 

IMAGEM: Thinkstock

FONTE:   Por Agência Sebrae 22 de Junho de 2021 às 13:43